Há pouco mais de um mês ganhei este livro de um amigo e
há algumas semanas concluí a leitura. É uma estória grande, porém, daquelas que viajamos junto com as palavras e nem sentimos o tempo passar.
Confesso que no início achei um pouco confuso, muitos
personagens e a maioria com nomes um tanto quanto peculiares e difíceis de serem
lembrados, tais como Ablon, Orion, Shamira e Amael. Além disso, não estou acostumada
com livros de ficção sobrenatural, interpretado por anjos e demônios.
No entanto, os pontos positivos superam os negativos. O
autor conseguiu narrar a história de uma maneira impressionante, foi a mescla
mais bem feita que já li. De um instante para o outro, Eduardo Spohr consegue
passar do imaginário e sobrenatural, para o religioso e tudo isso com elementos
do real. É muito incrível! Navega por “mundos” completamente distintos e mexe
com o imaginário dos leitores de uma maneira impressionante.
Prefiro pensar em Deus como um conceito, uma
inspiração, um objetivo. Acho que a fé é justamente a propriedade de acreditar
no indecifrável. Página: 95
Ele narra como se as cenas realmente existissem e,
momentaneamente, convence o leitor disso. A proximidade da realidade, mesmo
sendo um livro sobrenatural, foi o que mais me impressionou. Traz cenas que
provavelmente não existem e nunca existiram, mas que na hora da leitura, há uma
cogitação da possibilidade da existência de tais fatos narrados. Isso tudo sem
contar com o profundo conhecimento histórico que o autor comprova possuir
através do livro.
Para completar, Spohr colocou ainda uma pitada de romance,
onde uma feiticeira (Shamira) e um anjo renegado (Ablon), apaixonam-se e
esperam ansiosamente pelo dia em que poderão viver este amor livremente, sem o
receio de colocar a vida do outro em risco, nem deixar de cumprir as suas
respectivas missões.
A mente é lógica, general - contestou - o coração é irracional. Página: 374
Enfim, acredito já tenha dado para perceber que é um
livro muito bom. A linguagem é um pouco rebuscada, entretanto, mesmo quem não gosta
de livros assim, pela história como um todo, vale a pena fazer um esforço.
E você? Já leu “A batalha do apocalipse”? Comente!
Olá,
ResponderExcluirEu quase comprei esse livro numa promoção do Submarino mais acabei pegando outro, tenho muita vontade de ler mais tenho receio de não gostar, lendo sua resenha me senti mais impulsionada a ler de uma vez.
http://osuficientee.blogspot.com