Oi galera! Então, podem me
julgar a vontade, eu mereço! haha’ Devo estar enlouquecendo com tanta coisa
para estudar, cheguei até mesmo a ler uma série pela ordem reversa. E... Sim!
Foi exatamente isso que você leu! rs’
O fato é que a editora
Bússola me enviou dois exemplares e, por desconhecer que é uma continuação,
acabei lendo “Morte na Flip” (resenha) antes de “Réquiem para um assassino”, e
só agora, após ler Réquiem, percebi a conexão entre eles. Entretanto, excetuando algumas particularidades da vida pessoal de Dornelas que haviam ficado
um pouco desconexas em Morte na Flip, minha confusão não comprometeu o entendimento da história!
“Réquiem para
um assassino” inicia já com o crime sendo exposto: O corpo de um
homem, até então com identidade desconhecida, abandonado e atolado na lama seca do canal.
Ninguém sabe como o corpo foi parar lá. Não há sinais de arrasto, marcas de
barco, violência, ferimentos, nada. Apenas
um band-aid na dobra interna do braço esquerdo. E é a partir destes pequenos vestígios que
Dornelas terá que “refazer” o crime e resolver o mistério.
“Ao olhar para o bando de curiosos em terra seca,
Dornelas lamentou o gosto mórbido do povo pela morte. Ele nunca entendeu por
que os seres humanos gostam tanto de ver a desgraça da própria espécie
transformada em espetáculo. Talvez uma herança animal adormecida que retorna
impiedosa diante de uma calamidade. Talvez pura sede de sangue ou falta de
coisa melhor para fazer.” Página: 14
Para tanto, será preciso
manter uma postura firme e saber distanciar, nem que por um curto período, os
problemas na vida pessoal. Aprenderá (ou não) a conciliar a recente separação
com a ex-mulher e a distância imposta entre ele e os filhos, dos desgastes
sofridos diariamente durante a investigação.
Entrando neste ponto,
sinto necessidade de destacar ainda as atitudes plausíveis de Joaquim Dornelas,
que consegue arrancar confissões sem precisar, como a maioria dos delegados,
maltratar o acusado. Propenso a ajudar, mas também muito severo quando
necessário, preocupa-se em analisar a situação alheia, estando sempre disposto
a conceder uma segunda chance para quem merece.
Os detalhes do crime começam
a ser apresentados de forma mais clara já na metade do livro. A partir de
então, começamos a formular hipóteses que, no meu caso, vieram realmente a se
concretizar no final. Entretanto, a obviedade do desfecho não singulariza a
trama, pois, nos últimos capítulos, Dornelas arremata cada mínimo detalhe,
minuciosos acontecimentos, deslizes nos depoimentos. Com sua mente incrível,
analisa os acusados, aponta o culpado e, repassando cada passo meticulosamente,
desvenda o crime.
E
vocês? Já leram “Réquiem para um assassino”? O que acharam? Comentem!